domingo, 11 de junho de 2017

POEMA DE AMOR

    NALDOVELHO

    Quando eu chego dentro de mim
    encontro um mundo de magia
    e será sempre amanhecer de um novo dia,
    certa neblina tomando conta das colinas,
    um friozinho gostoso, relva molhada de orvalho,
    e na janela de uma casinha avarandada
    o amor que eu não vivi me acena e diz:
    seja bem vindo meu poeta!

    Quando eu chego lá nas funduras
    escuto harmonias pontilhadas de sonhos
    e o meu amor a desfiar uma toada
    colhida em noites de espera,
    madrugadas distantes de mim mesmo,
    e ela fala da paixão que entre nós acontece,
    e eu me vejo colhendo luzes pelo caminho
    e me entrego a Deus na contrição de uma prece.

    Quando eu me aquieto dentro de mim,
    me sinto encharcado de ternura,
    esqueço a solidão e a clausura,
    a insônia das noites escuras,
    e me vejo semeando esperanças
    no sorriso puro de uma criança,
    macero palavras numa folha de papel em branco
    e escrevo um poema de amor.







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